domingo, 7 de junho de 2009

ESCRAVA

A criança loira entrou no quarto escuro, com um enorme sorriso no rosto ensanguentado, os olhos azuis-escuros brilhavam, esfomeados. Acariciava finas madeixas de cabelo com uma mão, enquanto arrastava um pano de veludo pelo chão de carpete.

Andou até mais ou menos a metade do quarto negro, onde se encontrava um unico e singular espelho, a unica mobilia de todo o quarto. Sua moldura feita de ossos humanos era banhada de ouro e o vidro era liquido e sólido ao mesmo tempo. Matil sentou-se em frente dele. Ela acariciou seu reflexo, mas este cotinuou parado.

- O que trouxe dessa vez?

- Natil... - a pequena garota abriu o saco de veludo, revelando o que poderia ser um corpo humano decapitado e desfigurado, com a pele vermelha coberta de bolhas, ou um animal desconhecido. - Estou com fome.

- Não é suficiente. - vociferou o reflexo, batendo na superficie águado do espelho. - Traga mais e te deixarei comer.

- Certo.

E assim a pequena garota loira, de olhos azuis esfomeados, se levantou do chão e foi atras de mais vitimas.

Tudo o que ela queria era ver Natil, a outra menina, feliz. Sentia seu estomago roncar, mas se era isso que Naril queria, que mal teria?

E enquanto o reflexo se alimentava, Matil buscava mais corpos.

A criança havia se tornado uma escrava. E de seu própio reflexo.

8 comentários:

  1. asuhaushhuas gostei mas muito curto O.O,só a última frase ficou mal colocada,ficaria melhor assim:
    A criança havia se tornado uma escrava de seu próprio reflexo.

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  2. Legal o conto, curtinho, com elementos narrativos interessantes. Poderia ter sido melhor desenvolvido, mas a idéia é legal

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  3. ótimo conto e rápido, sem enrrolação.
    parabéns

    abraços
    adriano siqueira

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  4. Não entendi e nem deu medo. Poderia ter alongado um pouco mais e colocado mais suspense e terror!

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  5. Achei confuso e meio sem graça...

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  6. Concordo com o Gê dias. Interessante, mas pouco explorado. No meu ver faltaram alguns elementos no texto para melhorar a coesão das idéias.
    .
    Boa sorte.

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